Sobre seu processo criativo, Márcio Santana revela
: “A cor é meu principal interesse, ela é pensada, vem de experimentações que faço. Busco a cor sonhada, que vem no pensamento. Minha cor não é aleatória, é trabalhada”.A cor em Márcio Santana transita entre nuances de tons e emanações luminosas, que surgem dentro do corpo dos pigmentos, diz César Romero, crítico de arte da ABCA e grande incentivador da arte de Márcio. A gestualidade comedida, que traduz uma
personalidade introspectiva e observadora, acontece em palavras, frases, sinais, riscaduras, escavações, signos, timidamente preenchendo todo o espaço da tela.Márcio Santana nasceu em Socorro, estado de Sergipe,
em 1978, e reside em Salvador desde 1980. Autodidata, aos 13 anos, iniciou a sua carreira artística como assistente dos artistas Sinval e César Romero. Dez anos depois de traçar os primeiros desenhos, ele foi o vencedor do Projeto de Arte e Cultura Banco Capital Ano VI, na categoria Artes Plásticas, que proporcionou ao artista uma exposição individual em Salvador e a ilustração em talões de cheque do banco.A crítica de arte e membro da Comissão Cultural do IBEU, Mirian de Carvalho, diz na apresentação da mostra:
Na pintura de Márcio Santana o colorido anima forças originárias das primeiras sensações visuais. Tais sensações nos remetem ao nascedouro das cores, como se presenciássemos a criação do Universo. Aprendizes na cena do surgimento do mundo, descobrimos nas telas de Márcio delicadas mudanças de luminosidade pontuando o início da vida. Porque das luzes surgem as cores. Das luzes, emana a vida. E nas cores fluem outras cores. Nas telas de Márcio Santana, a “monocromia” nos surpreende com inesperados rumos luminosos, tal se navegássemos constelações diurnas. Assim, em meio a texturas brandas, surge uma plêiade de pequenas luzes e matizes, que, entre a continuidade e a descontinuidade de movimentos lineares, sugerem um código primevo a ser decifrado. Andarilhos do enigma, sentimos que nessas cores e luzes reverberam imaginárias sonoridades de um poema que fala da criação do mundo. No poema, visitamos o interior das mandalas do Oriente. Participamos de antigos ritos das cavernas. E caminhamos sobre tapeçarias oníricas que nos trazem de volta ao chão. Ao seguirmos tal percurso, inicia-se nosso aprendizado das luzes. FOTOS INAUGURAÇÃOO que você achou disso?
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