Jane Austen é uma das autoras mais estudadas por nossos alunos no Ibeu American High School. Não por acaso, duas de suas obras, Sense and Sensibility (Razão e Sensibilidade) e Persuasion (Persuasão), têm sido ótimas leituras complementares na disciplina de British Literature. Mas por que até hoje a escritora é uma das que mais desperta paixões e atrai uma grande legião de leitores (ou melhor, de fãs) no mundo todo?
Com certeza, quem pensa que só conhece Jane Austen de nome vai se surpreender ao perceber que conhece muito mais da obra da romancista do que imaginava. Austen nasceu no dia 16 de dezembro de 1775, em Hampshire, na Inglaterra, e era a sétima filha de oito irmãos – ela e sua irmã mais velha, Cassandra, eram as únicas mulheres. As irmãs tornaram-se confidentes, e hoje se tem conhecimento de uma série de cartas trocadas entre as duas.
Desde pequena, a escritora demonstrou faro para a literatura. Entre os 11 e os 17 anos, escreveu vários romances e contos sobre o cotidiano do interior da Inglaterra, além de fazer diversas apresentações para a família.
A primeira frase de ‘Orgulho e Preconceito’ (Pride and Prejudice), considerado um dos livros mais lidos em todo o mundo, se tornou uma das mais famosas da literatura: ” é uma verdade universalmente conhecida que um homem solteiro, possuidor de uma boa fortuna, deve estar necessitado de uma esposa” (It is a truth universally acknowledged that a single man in possession of a good fortune must be in want of a wife). A história do livro mostra a maneira com que a personagem Elizabeth Bennet lida com os problemas relacionados à educação, cultura, moral e casamento na sociedade aristocrática do início do século XIX, na Inglaterra. A obra ganhou uma adaptação para o cinema, em 2005, com direção de Joe Wright. Os personagens principais do longa são interpretados pelos atores Keira Knightley e Matthew MacFadyen.
Nas histórias da escritora, as protagonistas mulheres têm mais autonomia e independência do que em outras obras da época, representando uma contribuição literária ao que podemos chamar de um movimento feminista, mesmo que ainda tímido.
Publicado em 1811, o livro Razão e Sensibilidade (Sense and Sensibility) foi a primeira obra publicada da autora e ajuda a construir a reputação da britânica de criar mulheres fortes e admiráveis, embora imperfeitas. A história retrata os relacionamentos de duas irmãs, filhas do segundo casamento do pai, com a irmã mais jovem e um meio-irmão mais velho. Com a morte do pai, a propriedade da família fica para o único filho homem, e as mulheres se veem obrigadas a contar com a generosidade alheia para sobreviverem.
O livro foi adaptado para o cinema e a televisão diversas vezes, incluindo uma série, de 1981; um filme, de 1995, disponível na Netflix; uma versão indiana produzida em 2000; e uma adaptação mais recente, de 2008, realizada pela BBC.
Após sua morte, em 1817, aos 41 anos, um outro romance importante para sua carreira e fama foi publicado: Persuasão (Persuasion). A história se passa na Inglaterra rural do início do século XIX. Anne Elliot, filha de um vaidoso baronete, apaixona-se por Frederick Wentworth, um jovem inteligente e ambicioso, mas sem conexões familiares importantes. Por isso mesmo, Anne é incentivada a se afastar e seguir a vida.
A única imagem que existe da autora é a de um retrato que sua irmã Cassandra pintou e que, segundo várias fontes, não corresponde fielmente à fisionomia de Austen. Em 2017, ano do bicentenário da morte da autora, Jane ganhou uma homenagem do governo britânico: o rosto dela passou a estampar a nova nota de 10 libras.
Até hoje, os livros de Jane Austen conquistam diversos leitores mundo afora, por sua narrativa realista e ironia ácida e atual. Uma leitura que nunca sai de moda. 😉
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