A pandemia trouxe à tona diversas vulnerabilidades da Educação. A mudança do ambiente físico para o remoto fez com que professores, que não incluíam o uso de tecnologia em sua prática diária, precisassem se adaptar de forma repentina. Felizmente, por fazerem parte de uma Google School e já estarem habituados com o uso de ferramentas tecnológicas em aula, os professores do Ibeu não sentiram tanto impacto com essa mudança.
Abaixo, enumeramos alguns dos desafios mais recorrentes vividos pelos docentes durante esse processo de adaptação de suas aulas ao mundo virtual, além das soluções encontradas.
Lidar com a própria dificuldade em usar a tecnologia para acessar as plataformas em que lecionariam foram os primeiros obstáculos encontrados pelos professores no último ano.
Para contornar a situação, os docentes precisaram atualizar seu conhecimento e sua bagagem tecnológica. Com isso, passaram a usar tecnologia a seu favor, implementando, em suas aulas à distância, dinâmicas com jogos e realidade aumentada, garantindo, assim, maior engajamento de seus alunos.
Que professor não precisou quase implorar para que seus alunos ligassem a câmera para ele não sentir que está falando sozinho?
O ensino remoto é um desafio muito maior que o presencial. Os alunos se dispersam com mais facilidade e perdem o interesse mais rapidamente. Captar a atenção dos estudantes não tem sido tarefa fácil, mas os professores mais antenados deram um show de criatividade para garantir uma aula interativa. E, para isso, rolou de tudo, como uso de apetrechos e fantasias, na educação infantil, e aplicativos diferenciados, para os adolescentes.
Não podemos deixar de mencionar que, além de lidar com suas próprias incertezas e inseguranças, os professores também tiveram que enfrentar a angústia, a ansiedade e o medo de seus alunos.
O isolamento aflorou esses sentimentos, assim como a sensação de não fazer mais parte de um grupo. O ser humano, que sempre foi acostumado a viver em sociedade e ser parte de um coletivo, se viu isolado de repente. Para atenuar essa situação, os professores precisaram criar uma sensação de pertencimento mesmo em isolamento social. E foi com muita sensibilidade que eles promoveram até festinhas de aniversário remotas com bolo e tudo para seus alunos.
A pandemia testou a capacidade de resiliência e tolerância ao estresse de todos. Não à toa, essas habilidades socioemocionais também fazem parte das skills que se esperam dos futuros profissionais*.
O modelo de ensino vigente tem servido de barreira à inovação há algumas décadas. Ao mesmo tempo em que existem professores relutantes em flexibilizar seus métodos de ensino, há também estudantes que ainda não assumem seu protagonismo no aprendizado.
Se o processo de avaliação das escolas já era considerado obsoleto por muitos estudiosos, a pandemia veio para corroborar esse pensamento. Tornou-se impossível avaliar o conhecimento dos alunos por meio de provas tradicionais.
Dessa forma, outros meios de avaliação surgiram, os quais colocaram à prova as habilidades obrigatórias ao profissional do futuro*, são elas: solucionar problemas, uso e desenvolvimento de tecnologia, autogerenciamento e trabalho em equipe. Com isso, tornou-se mais valorizado, no modelo de avaliação, a capacidade de inovar, o pensamento crítico e analítico, a criatividade e a liderança. Cada vez mais o aluno é protagonista do próprio aprendizado, e o professor assume papel de mediador e não expositor de conhecimento.
“Não é aceitável um modelo educacional em que alunos do século XXI são ‘ensinados’ por professores do século XX, com práticas do século XIX.”
Professor José Pacheco – Escola da Ponte
*Fonte: Future of Jobs Report, 2020, Fórum Econômico Mundial.
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