A prezepopéia, título criado pelo artista, mistura de presepada com epopeia, é um neologismo, na qual o artista deseja inserir o espectador no burlesco, até mesmo no ridículo.
Cezar Antonio Elias, crítico de arte e Presidente da Comissão Cultural do Ibeu, diz no texto de apresentação da exposição: “Os gravadores brasileiros sempre se evidenciaram no Brasil e no exterior. Iuri Casaes se enquadra neste contexto. Na sua rebeldia, fugindo dos clichês pré-estabelecidos, viaja tranquilamente do desenho para a gravura, não demonstrando preferência por qualquer uma das técnicas empregadas. Na sua ótica, engloba pequenas superfícies, onde a destreza dos detalhes e a densidade dos finos traços negros fazem surgir figuras, cuja temática, equilíbrio e harmonia na composição, caracterizam um artista consciente de que a sua produtividade não é o resultado do acaso… Iuri Casaes apresenta A Prezepopéia. Estará ela relacionada com um espetáculo fantástico ou mesmo ridículo? Um espetáculo onde a ironia e a sátira se insinuam no grotesco das figuras, bufaneando o espectador, que se diverte no burlesco ou no ridículo? Marcado por um forte individualismo, os seus personagens caricatos projetam os vícios, as distorções, a indiferença, o egoísmo que ainda subsistem numa sociedade globalizada pelo “laissez faire, laissez passer”. É o artista isolando o indivíduo da massa deseducada e caótica na procura da sua verdadeira identidade, mesmo que estruturalmente seja profana…”.
Iuri Casaes tem 27 anos, é natural de Salvador e reside no Rio de Janeiro há três anos. Cursa Gravura na Escola de Belas Artes da UFRJ. Este ano ganhou o Prêmio Aquisitivo do 16º Salão Unama de Pequenos Formatos (Belém, PA) e em 2009, participou do Energias na Arte, promovido pelo Instituto Tomie Ohtake (São Paulo).
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