GALERIA DE ARTE IBEU apresenta “Visão Fontana”,
primeira individual de Bruno Belo
Abertura: 8 de Março de 2016 (terça-feira), às 19h
Exposição: 9 de março a 8 de abril de 2016, de segunda a sexta, de 13h às 19h
No dia 8 de março será aberta a individual “Visão Fontana”, de Bruno Belo, artista selecionado através do edital do Programa de Exposições Ibeu. A mostra, que acontece na Galeria de Arte Ibeu, estará aberta à visitação de 9 de março a 8 de abril, das 13h às 19h, de segunda a sexta-feira, na Av. N. Sra. de Copacabana, 690 | 2º andar. A entrada é franca.
Em Visão Fontana, Bruno Belo reúne na Galeria IBEU um recorte da sua produção recente. A mostra apresenta trabalhos em tela e papel, em grandes e pequenas dimensões, executados com tinta a óleo, acrílica, aquarela e pó de grafite, todos inéditos. As obras apresentadas são o resultado de um trabalho desenvolvido a partir das inter-relações e reordenação de fragmentos de imagens, textos, apropriações, referências cinematográficas e da fotomontagem, expondo “camadas” da poética do artista.
A pintura se revela gradativamente em uma imagem pouco referencial. A ideia não é reproduzir o visível, mas entorná-lo neste meio pictórico, de cores lavadas, permitindo que imagens extraídas de fontes dessemelhantes possam se fundir em um processo de sobreposição de camadas e transparências. A construção do trabalho deriva da ideia de “Cut Up” de W. S. Burroughs e surge a partir de um processo de constantes projeções de imagens sobre a tela, utilizando um equipamentos antigo de 100mm e também fotografias extraídas de fontes diversas, gerando assim novas possibilidades e construções ao processo de pintura – revelando uma convergência que não é unívoca, não reproduz verdades, mas produz sentidos, em que as imagens se confundem à essa pintura na qual ambas não dariam conta da experiência a que se referem, conta Bruno Belo.
Enxergar as coisas por igual “moda ave”, como dizia Manoel de Barros ao falar sobre visão fontana, se aproxima do trabalho do artista através das mudanças de percepção e desconstrução de significados – permitindo que fragmentos e partes se relacionem, mimetismos, contágio… Não é para ilustrar a experiência, mas revelar a nova substância. A “consciência descrita por círculos”, em que a imagem é um desdobramento de camadas – é de outra natureza.
O curador da exposição, Bruno Miguel, em suas anotações descreve:
– Ressaltar a maturidade da pesquisa de Bruno, tecnicamente impecável, conceitualmente firme e arriscada ao não tentar se enquadrar nas características mais óbvias de nossa geração.
– O papel sincero da memória, não a clichê, mas a boa memória turva capaz de filtrar o resultado final da lembrança.
– Uma valorização maior do aspecto de rascunho de apagamento de processo em detrimento de uma opção mais estetizada que remetesse mais a um ambiente de design espontaneamente arranjado.
Passante – Acrílica e lápis s/ tela
48x85cm (2014)
Bruno Belo – Rio de Janeiro, 1983. Vive e trabalha em Petrópolis/RJ. Artista, graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Santa Úrsula, teve sua formação artística através de cursos livres e pelo acompanhamento e orientação de Luiz Ernesto, João Magalhães, Anna Bella Geiger, Fernando Cocchiarale, Glória Ferreira, Bruno Miguel e Daniela Labra. Foi selecionado para os programas da EAV e do Governo do Estado – Aprofundamento 2011; e Projeto de Pesquisa 2012. Participou de exposições no Brasil e exterior, dentre elas: Bienal do Recôncavo (BA); Declaring Independence (Eric Fischl Gallery, Phoenix, USA); 45º Salão De Arte Contemporânea (Piracicaba,SP); 13º Salão Nacional De Arte (Jataí, GO).