Essa é, sem dúvidas, a primeira pergunta que me fazem na maioria das vezes que digo que sou professor de inglês. Bem, é essencial destacar, ainda aqui na introdução deste post, que há casos e casos. Cada cérebro é singular, e não há uma fórmula secreta para todo mundo. Ao passo que nem todos aprendem da mesma forma, nem todos estão aptos e adaptados (com o cérebro preparado) a desenvolver uma segunda língua sozinho.
O ideal é que o aprendizado seja acompanhado por um profissional apto a desenvolver estratégias de ensino e traçar planos de ação para chegar ao objetivo final. Sendo assim, o papel do aluno é tomar controle do seu aprendizado de outra maneira: decidindo estratégias que melhor lhe atendem e as aplicando em contextos de estudo e na vida real.
Além disso, posso reforçar que o aprendizado em grupo (em comunidade) é extremamente benéfico. Partindo do princípio que, quanto mais contato com a língua de forma significativa, melhor, estar com outros alunos do mesmo nível e que têm objetivos parecidos lhe ajudará de diversas formas.
Primeiro, quanto mais motivação, melhor! Você consegue pensar naquele colega de turma que te ajudava a deixar o estudo e os dias mais leves? Segundo, você terá a chance de perceber possíveis desvios à gramática que você pode estar cometendo ou ajudar o outro a se corrigir. A melhor forma de aprender é ensinando! Terceiro, você tem a oportunidade de aprender com as dúvidas do outro e de ver conceitos de outras perspectivas. E por aí vão as vantagens!
Independentemente, vale reforçar algumas características essenciais do aprendiz de língua inglesa.
Vamos falar um pouco de cada uma delas:
A primeira característica crucial a se destacar é a disciplina. Não há aprendizado sem comprometimento. Abdicar de um dia de estudo por esquecimento, falta de vontade ou falta de motivação só começa uma grande bola de neve ー que vai resultar em uma avalanche ー pronta para lhe derrubar. Sendo assim, a primeira coisa a se fazer é estabelecer objetivos a curto e a longo prazo. Eles vão ser responsáveis por lhe mostrar o caminho que você já percorreu e o que ainda tem pela frente.
Com eles, você terá uma sensação de realização a cada conquista nova. Tenha foco para alcançar seus objetivos! Muitas coisas vão tentar distrair você na sua horinha separada para o estudo; até você mesmo pode estar se tapeando sem perceber! Para isso, você deve estabelecer uma rotina de estudo que lhe possibilite criar o hábito de estudar. O nosso cérebro adora rotinas! Elas lhe mostram o quão importante aquele estudo (neste caso) é para você, o que fará com que ele retenha e internalize informações de forma mais frequente, natural e automatizada. Com várias distrações, sua rotina pode ser prejudicada.
Logo, você precisa ter determinação para não desistir na primeira tentativa frustrada; não deixar de recomeçar; não ter medo de perceber que certa estratégia não deu certo para você. Sendo assim, você precisa selecionar o material adequado a você. Mais uma vez, repito: nem tudo funciona para todos! É você quem precisa ter discernimento para escolher o que está sendo proveitoso. Isso requer, também, flexibilidade de adaptar, deixar de usar, trocar, recomeçar, tentar novamente… Nunca é tarde para recomeçar.
Por último, devemos esclarecer que o aluno sem a ajuda de um profissional ー seja o autodidata, seja o estudante que está praticando sozinho em casa ー necessita de senso crítico para escolher recursos de aprendizado e avaliar seu progresso e seu inglês. Isso também lhe ajudará a traçar planos de ação e escolher as melhores estratégias de aprendizado que atendam às suas necessidades.
Dito isso, podemos sugerir alguns recursos de aprendizado:
É inegável e cientificamente provado que o mais importante para a comunicação verbal é o vocabulário. De nada adianta você saber uma linda estrutura para pedir um objeto emprestado (ex.: Is there any way you could lend me your …?) se você não sabe dizer grampeador (stapler) em inglês! OK, há formas de driblar isso, como parafraseando (explicando; assista a esta videoaula) a palavra que você quer dizer; mas não é o ideal, certo?
Uma das melhores formas de internalizar vocabulário é colocando-os em flashcards, que consistem em cartões de papel com dois lados escritos: um com o item lexical (a palavra) que você quer aprender, e o outro com a explicação desse termo: pode ser uma palavra similar, oposta, definição, desenho, exemplo…
Essa é uma das formas mais clássicas de prática de vocabulário. Vale ressaltar que os exemplos escritos devem ser significativos para VOCÊ. Frases genéricas como Ivo viu a uva não vão te ajudar a aprender e reter informações, especialmente vocabulário. Escreva frases que sejam reais e significativas para você. Por exemplo: Eu adoro comer uva verde sem caroço, pois a com caroço me deixa com afta. Percebe a diferença?
Dica do professor: Deixe-os organizados! 🙂
Para lhe ajudar a fazer flashcards, se você não tem tempo, disposição ou dinheiro para “gastar” papel de verdade, tente usar o site Quizlet, que é a mesma ideia, mas online. Lá, você pode criar seus flashcards e ainda jogar jogos, fazer testes… com o vocabulário e as estratégias que você usou para internalizar aquela expressão.
Hoje em dia, com as várias opções que a internet nos oferece, vale pesquisar um pouco sobre videoaulas disponíveis em canais no YouTube. Pergunte aos seus amigos que já seguem alguns canais confiáveis o que eles acham deles e experimente se também são úteis para você.
O canal do Ibeu tem uma série de videoaulas que têm sido desenvolvidas para auxiliar e complementar os estudos de nossos alunos e internautas.
Dica do professor: Faça anotações ao assistir aos vídeos (sem sem preocupar com a letra ou com escrever tudo e certinho).
Há uma série de sites que focam no ensino e prática de listening, reading, speaking e writing. Abaixo, destacamos alguns deles.
Para treinar listening, alguns sites oferecem áudios com exercícios, correção e script! Quer coisa melhor? Alguns exemplos incluem: ESL Lab, British Council, Listen a Minute. Se você gosta de música, tente o Lyrics Training. Séries, filmes, músicas, podcasts e videogames também são ótimos aliados ao listening.
Dica do professor: tente assistir sem legenda ou sem ler a letra!
Para reading, vale destacar livros, short stories, jornais e revistas em inglês. Alguns sites são: The New York Times, The Rio Times (yes, I know), BBC, CNN, News in Levels, ESL reading.
Dica do professor: quando quiser saber algo do Google, que tal pesquisar em inglês? Por exemplo: how to choose melons, em vez de como saber se o melão está maduro.
Para speaking, é difícil. Posso lhe dar ideias de tópicos para você falar sobre. E a dica é se gravar, escutar, ter senso crítico para saber se está bom, não ter medo de errar… Posso recomendar este artigo para você se divertir em casa com formas diferentes de usar seu inglês! E o YouGlish pode lhe ajudar na pronúncia de algumas palavras em contexto!
Dica do professor: SE SOLTE! Vergonha e timidez não combinam com aprendizado! Todos cometemos erros, é normal.
Para writing, se expresse em inglês! O Write & Improve, de Cambridge, é um ótimo aliado porque te ajuda a ver seu nível de escrita e te dá sugestões de tópicos! Este Padlet também pode te ajudar durante o processo de escrita.
Dica do professor: escreva um diário em inglês. Só você vai ler mesmo, pode ser bem livre lá!
Chegamos à minha parte mais temida. Hoje em dia, existe uma gama de aplicativos que oferecem estudo de forma prática e rápida. Não há como dizer ー repito novamente! ー que todos aprendem com as mesmas fontes, das mesmas maneiras… Sendo assim, prefiro indicar aplicativos para fins específicos, não aplicativos que prometem te deixar fluente.
Para treinar pronúncia, sugiro ELSA Speak (Android | iOS). Embora a descrição dele possa assustar alguns educadores, testei, gostei e indico para meus alunos! Para pronúncia, também temos o Sounds (Android | iOS). Para verbos irregulares, sugiro List of Irregular Verbs (Android | iOS), que até a pronúncia tem! E o Quizlet (Android | iOS), que citei acima, também tem um aplicativo!
Dica do professor: utilize os melhores dicionários online para auxiliar nos estudos. Entre nesta página e salve-a na sua tela de início para ficar facilmente acessível!
Leia livros! Revistas! Histórias curtas! Elas podem te ajudar a melhorar sua fluência leitora. Sim, fluência não é só na fala! Não se preocupe se não souber algumas palavras. E leia com seu vocabulary notebook ou flashcards do seu lado… assim, você poderá anotar as palavras que o livro te ensinou, mas não se esqueça de ler e aproveitar a leitura também!
Dica do professor: livros são ótima fonte de leitura e de conhecimento. Aumentam vocabulário e te ajudam a crescer como ser humano também! 🙂
Dica bônus: tente conversar com quem já estuda inglês. Quais as técnicas, materiais e ferramentas eles mais gostam? Coloque-as em prática e veja se são interessantes para você!
Gostou das dicas? Quais você quer colocar em prática hoje mesmo? Conta pra gente! Se você não consegue se adaptar ao estudo solo e prefere ter aulas presenciais ou online, o único curso de inglês do Rio de Janeiro reconhecido pela Embaixada Americana está de braços abertos para te receber! Entre em contato com uma de nossas unidades ou faça direto a primeira etapa do nivelamento no site! 😉
Gabriel Lemos. Professor de inglês, português e redação. Treinador de professores certificado pela Universidade de Cambridge. Licenciado pela Universidade Veiga de Almeida. Possui certificados de proficiência na língua e de metodologia de ensino, como TKT, CELTA e Delta (Universidade de Cambridge).
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